Sob nossos pés, as folhas estalavam, secas, enquanto corríamos pela floresta. Eu podia sentir o forte senso de liberdade de Jasper misturar-se à minha própria euforia - correr, para mim, sempre fora como uma segunda natureza; aquela tinha sido uma das poucas qualidades de minha condição que eu realmente amava. Os pensamentos de Emmett também demonstravam sua alegria em poder se mover sem quaisquer restrições humanas e às vezes, ele deixava escapar uma gargalhada, enquanto desviava de uma árvore pouco antes de se chocar contra ela.
Entre nós, Bella também corria - quase dançava, os pés mal tocando o chão, uma expressão de quase enlevo em sua face. De quando em quando, ela deixava escapar um riso baixo, em resposta às exclamações de Emmett.
“Ela está contente, Edward” - Jasper observou para mim em pensamentos.
Eu me senti sorrir, lendo através dos pensamentos dele as sensações que eram óbvias em todo o semblante da minha esposa.
De repente, Bella se deteve, o movimento tão imediato e preciso que seus cabelos esvoaçaram para frente com a repentina inércia, caindo por seus ombros num halo castanho. Ela torceu ligeiramente o nariz, como se tentasse pegar algum cheiro no ar, ao mesmo tempo em que nós também parávamos, nos voltando de imediato para ela.
- O que é isso? - ela perguntou, inclinando a cabeça, encarando-me um misto de curiosidade... e fome.
Foi Emmett quem respondeu, abrindo um sorriso de orelha a orelha.
- Urso pardo. - ele riu - Você tem bom gosto, maninha.
Ela se voltou para mim, com expectativa. Eu não precisei ler a mente dela para saber o que Bella queria.
- Apenas se deixe guiar pelo instinto.
Ela arqueou a sobrancelha, como se perguntasse como, exatamente, eu queria que ela fizesse aquilo. Essa era uma lição, contudo, que ela precisaria aprender por si - ainda que eu não confiasse muito nos instintos dela: bastava ver onde, exatamente, eles a tinham levado.
Esforcei-me para não entrar novamente nessa linha de pensamentos, as conversas daquela manhã com meus irmãos e com a própria Bella ainda frescas em minha memória.
Observei em silêncio enquanto Bella cerrava os olhos por alguns segundos, inclinando novamente a cabeça, arrebitando o nariz pequeno no ar. Nos pensamentos de Emmett, vi um personagem clássico de desenhos animados assumir uma posição parecida, para então começar a flutuar no ar, sendo levado pelo cheiro de uma torta.
Foi a minha vez de arquear a sobrancelha, tentando a fazer algum comentário sobre a escolha de correlações que ele escolhera fazer.
“Sério, Edward, você tem que concordar que é parecido...”
Havia indisfarçável humor laçado aos pensamentos de Emmett e eu não pude deixar de me questionar se realmente estivéramos prestes a trocar punhos com os lobos não mais que uma hora antes.
Foi nesse instante que Bella reabriu os olhos, agora com as pupilas dilatadas, mais escuros, ao mesmo tempo em que toda sua postura mudava. A postura de um predador.
Ela começou a correr antes que pudéssemos pensar em qualquer coisa para dizer. Nós três nos entreolhamos por, talvez, um milisegundo, antes de partir atrás dela, Jasper e Emmett deixando-se ficar um pouco mais para trás.
Bella não estava mais consciente de nossa presença e precisei me esforçar um pouco mais para acompanhar sua velocidade de recém-nascida, ainda deixando um espaço entre nós. Naquela situação, não era seguro que ficássemos todos muito próximos - ao menos, não até que Bella terminasse de se alimentar. Do contrário, ela nos veria como potenciais ameaças à sua refeição.
Jasper e Emmett desviaram-se ao perceber o rebanho de caribous um pouco mais ao norte, mas não muito longe - se algo acontecesse, eles seriam perfeitamente capazes de chegar a tempo de auxiliar.
Eu continuei nos calcanhares de Bella, até que ela irrompesse na clareira à frente de um conjunto de cavernas - exatamente onde o urso que ela sentira se encontrava.
Ele era... gigantesco. Fosse outra a ocasião, Emmett teria rolado com ele pelo chão e a luta teria sido quase justa - ao menos nos minutos iniciais.
Por um instante, entrei em pânico. Bella era minúscula em comparação ao urso. Ele a esmagaria sem pensar duas vezes.
Antes, contudo, que eu pudesse cogitar interferir, Bella deu um impulso com as pontas dos pés, seu corpo pequeno chocando-se com uma das árvores atrás do animal - o impacto severo o suficiente para inclinar o tronco mais que centenário até revelar suas raízes.
Com o choque, ela ganhou altura suficiente para pousar exatamente sobre as costas do urso, tudo acontecendo rápido demais para que o animal sequer tentasse se defender. O som de ossos se quebrando soou em meus ouvidos quando ela mergulhou o rosto contra o pescoço dele, exatamente sobre a jugular.
Eu teria rido à ironia, não fosse o fato de que todos os meus sentidos estavam presos à cena que se desenrolava diante de mim. Os movimentos de Bella como caçadora eram de uma precisão e elegância felinas. Como os leões da montanha.
Como eu.
Eu não sabia o que esperava exatamente de quando visse Bella caçar. Certamente, ela não poderia ter atacado o urso como Emmett o fazia - de frente, as mãos nuas, peito a peito. Ainda assim, eu me sentia surpreso pela forma como ela avançara.
Em questão de minutos, ela drenara completamente o urso. Suas tentativas de resistências foram quase nulas - pude ouvir o som de tecido se rasgando, mas nenhum outro sinal de que Bella pudesse estar ameaçada. Os dois tombaram juntos no chão e, por algum tempo, ela permaneceu segurando-se contra a forma do urso, como se esperasse mais.
Finalmente, ela ergueu meio corpo, ajoelhando-se sobre as costas dele, parecendo contemplar o que acabara de fazer. Eu não ousei me mexer, sem ter certeza de que o frenesi passara.
Podia ouvi-la respirar fundo, cada vez de forma mais espaçada, mais calma, os músculos tensos dos ombros aos poucos voltando a relaxar. Apenas quando ela ergueu os olhos em minha direção, agora um pouco mais claros e conscientes, foi que me aproximei.
- Você precisa agora aprender a dispor da carcaça. - eu observei, parando diante dela, oferecendo-lhe a mão, esperando que ela viesse até mim.
Por um momento, ela pareceu surpresa de me ver ali. Mas não demorou para que a expressão confusa se dissolvesse num tímido sorriso, como de uma criança que pede desculpas por seus modos à mesa.
- Eu achei que ia ser mais difícil. - ela confessou, aceitando a mão que eu lhe estendia, antes de fazer uma pequena careta - É... diferente.
- Diferente? - eu me ouvi perguntando, sem ter certeza de a que ela se referia.
Bella me encarou com atenção e eu percebi que o sangue escorrera de sua boca. Com cuidado, eu limpei os cantos de seu rosto, contente em simplesmente tocá-la inocentemente, em cuidar dela de forma simples, sem me preocupar com qual grande perigo viria a seguir em nosso caminho.
- O sangue... do urso. - ela começou - Com o sangue humano. É... diferente.
- Você perceberá uma diferença ainda mais acentuada quando se alimentar de herbívoros. - eu respondi - Eles não são muito... saborosos. Os carnívoros são melhores.
Dessa vez, havia clara curiosidade nos olhos dela.
- Eu pensei que você não ia gostar muito da referência. - Bella confessou.
- Faz parte da nossa natureza. E da sua agora. - eu respondi simplesmente - E eu não posso rejeitar nada que venha de você, Bella. Mesmo a sede. Faz parte do que somos, ainda que nem sempre concordemos com isso.
- Você parece ter prestado atenção na conversa de hoje afinal. - ela deu um meio sorriso.
Eu não cheguei a responder - os primeiros pingos de chuva começaram a cair sobre nós, apenas uma garoa fina, quase cristalina, contrastando com alguns raios de sol que escapavam detrás das nuvens.
Bella desviou o olhar do meu, pela primeira vez tomando completa noção do lugar em que estávamos. A clareira estava forrada de folhas vermelhas e douradas - prenúncio do outono - e a mistura do sol com a chuva criava pequenos arco-íris ao nosso redor.
Enquanto ela observava a clareira com a atenção de uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo, os olhos brilhando em contentamento e entusiasmo, eu a encarava com a mesma profunda fascinação.
O riso dela - cristalino, perfeito - soou ao nosso redor, fazendo mais pela alma que ela acreditava que eu possuísse do que qualquer religião poderia. Ela girou ao redor de si mesmo numa pirueta, com a graça de uma bailarina, delicada e hipnotizante.
Uma brisa leve soprou do norte, espiralando ao nosso redor, fazendo mais folhas caírem sobre nós. Ela riu de leve, como sinos de cristal e eu me vi sorrindo também, grato por um momento sem drama, sem angústia, apenas eu, ela e a floresta.
- Dança comigo? - eu me vi perguntando, sem sequer pensar no que estava fazendo, estendendo a mão para ela.
Ela franziu o nariz. Adorável.
- Você sabe que eu não sei dançar. - ela respondeu, olhando-me dubiamente - E não tem música.
- Nós não precisamos de música. - eu respondi - E você sabe dançar. Mas eu posso colocá-la sobre meus pés se você não tiver certeza.
Por alguns instantes, ela ficou em silêncio, apenas me observando, até, finalmente, depositar a mão pequena sobre a minha. Sorrindo, eu a trouxe para mim, assumindo posição antes de começar a valsar com ela, a passos largos, pelo chão atapetado de folhas da floresta.
O riso dela voltou a soar, dessa vez mais livre e vívido - a única melodia de que eu precisava para escutar nossa própria música.
- Você se importa se eu cortá-lo para ter a honra de dançar com a madame, Edward?
Mais uma vez, Bella riu, enquanto eu me voltava para Jasper com uma careta, tentando valsar para longe dele.
- E o próximo sou eu! - Emmett exclamou do outro lado - Não seja egoísta, Edward, você precisa aprender a dividir!
- Eu acho que ele precisa mais aprender a se acostumar. - Jasper observou dessa vez, efetivamente se interpondo entre eu e Bella, tomando a mão dela entre as suas - Especialmente quando Alice puder levá-la a Paris.
- O que eu faria em Paris? - Bella perguntou, começando a dançar com Jasper, enquanto em cruzava os braços em meu lugar, desapontado.
- Compraria roupas, é claro. - Jasper respondeu - Alice está quase aflita para brincar de Bella Barbie.
- Edward... - Bella praticamente gemeu.
- Você sabe, eu sempre me perguntei exatamente o que as garotas vêem de tão interessante em brincar de Bella Barbie. Mesmo quando Rosalie não era a fã número um da Bella, ela queria participar. - Emmett observou.
Pela primeira vez desde que começara a dançar, Bella quase tropeçou nos pés de Jasper, que apenas riu, girando-a numa pirueta completa.
- Rosalie?
- Não se espante, Bella; até Esme acha a idéia bastante interessante. - Jasper observou - Acho que as faz pensar na infância delas... brincar de bonecas ou algo do tipo. Creio que faça parte da psique feminina.
- Eu acho que faltei a essa aula. - Bella resmungou.
Emmett colocou uma mão no queixo, pensativo.
- Talvez...
Eu me senti grunhir às imagens que a mente dele acabara de conjurar.
- Não, Emmett. Definitivamente não. - eu murmurei para ele o mais baixo que podia.
Ele sorriu para mim.
“Por que não? Se Alice pode brincar de Bella prât-à-porter, você poderia providenciar a coleção de lingerie! Acho que eu ia gostar dessa versão de 'Rosalie Barbie'. Será que ela concordaria comigo?”
- Me dê um bom motivo para eu não arrancar sua cabeça agora. Ou seus olhos.
- Mas eu nunca vi...
- E vai continuar sem ver.
- Tudo bem, tudo bem... - ele riu, levantando os braços em rendição antes de dar um passo à frente, interrompendo o caminho de Jasper e Bella - Minha vez.
Bella mal teve tempo de se recuperar do último passo de Jasper antes de Emmett simplesmente levantá-la no ar, rodopiando-a no ar enquanto assobiava o tema de Missão Impossível.
- EMMETT!
Quase meia hora depois, estávamos de volta em casa, todos absolutamente ensopados da chuva, que tomara corpo pouco antes que eu pudesse clamar minha esposa de volta para uma última dança.
Alice nos esperava à porta com toalhas, pronta para seqüestrar Bella. Incrivelmente, Rosalie e Esme estavam lá também, todas com pensamentos muito parecidos.
Bella me encarou praticamente implorando com os olhos que eu não a deixasse ir. Eu rapidamente calculei as possibilidades de conseguir passar de novo pela porta com ela em meus braços e nos refugiarmos na floresta até... bem, até algum dia.
“Nem ouse, Edward.”, Alice me alertou “Eu farei sua vida muuuuuito difícil se você fizer isso”.
- Mas ela não quer ir, Alice.
- Ela logo vai querer. Assim que ver o que temos preparado para ela. - Alice respondeu brilhantemente - Agora, seja um bom garoto e vá... jogar com os outros meninos.
- Alguém mais percebeu que fomos sumariamente dispensados? - Emmett observou, balançando a cabeça.
“Não se preocupe, Edward”, Esme sorriu para mim “Você logo a terá de volta. Alice e Rosalie só querem aproveitar um pouco a nova irmã. É a primeira vez desde que Bella acordou que elas podem realmente interagir com ela.”
Foi só então que entendi o que eles estavam fazendo desde o começo - incluindo a presença de Jasper e Emmett na caçada. Eles estavam... recebendo Bella na família, dessa vez, de forma definitiva, sem ter de se refrearem em nada por causa da 'humana frágil'. Era um complemento ao gesto de Carlisle mais cedo, quando oferecera a gargantilha com o brasão dos Cullen à Bella.
Suspirando exageradamente, eu me virei para Bella.
- Você vai ficar bem.
Ela piscou os olhos por um momento, antes de assentir, resignada.
- Certo.
- Isso! - Alice praticamente vibrou em seu lugar, já passando os braços pelos ombros de Bella, começando a caminhar - Eu tenho toda uma agenda planejada para essa noite, não se preocupe, Bella, prometo que vai ser divertido!
- Sabe, Alice, é exatamente isso que me preocupa... - foi a última coisa que ouvi Bella dizer antes de todas elas sumirem pelas escadas.
Emmett voltou-se para mim.
- Quando for minha vez de escolher, vamos fazer um campeonato de queda-de-braço.
Eu apenas revirei os olhos em resposta, ainda que um ligeiro sorriso me escapasse ao pensamento. Eu me lembrava perfeitamente da promessa que Bella me fizera quando tínhamos conversado sobre a força que ela teria como recém-nascida.
“Eu aposto 500 na sua esposa”, Jasper comentou mentalmente.
- Não serei eu que vou apostar contra.- respondi.
O resto do dia passou-se em relativa calmaria, exceto pelos risos e gritinhos excitados que volta e meia vinham do quarto de Alice e as expletivas nem sempre educadas de Emmett enquanto jogávamos vídeo-game.
Foi apenas quando Carlisle chegou do hospital que o assunto dos lobos no dia seguinte voltou à discussão.
- Eu não acho que tenhamos de nos preocupar de imediato com a possibilidade de luta ou algo nessa linha. - ele observou, sentando-se ao meu lado no sofá.
Emmett acabara de desligar a televisão, enquanto Jasper assumia uma postura atenta. Os sons que vinham do primeiro andar também tinham silenciado, o que significava que elas também estavam ouvindo.
- Independente do que tenha acontecido, eles ainda consideram Bella, por causa de Charlie. E Sam deu a permissão. O trato está revogado, é claro... - Carlisle respirou fundo, pausando por alguns instantes - Então acho que temos apenas de decidir exatamente como vamos proceder nossa saída, para que, a depender das conversas de amanhã, possamos apresentar um plano formado.
- Podemos partir para Juneau imediatamente, se necessário. As malas estão prontas há dias. - Jasper observou - Carlisle e Esme ainda teriam de ficar mais algum tempo, especialmente após o... acidente. Mas o resto de nós não precisa estar aqui.
“Eu cuidarei do acidente, Edward. Já sei exatamente como fazer. Tudo ficará bem. Charlie ficará bem”, a voz de Alice soou em minha mente, em seu tom delicado de soprano.
- Alice cuidará dessa parte. - eu repeti em voz alta para os outros - Ela já tem um plano.
- Tudo o mais dependerá do que for decidido amanhã. - Carlisle concluiu - Não temos como planejar muito além disso, mesmo porque Alice não tem como ver o que ficará decidido.
Não havia muito mais que debater depois disso. Estávamos, realmente, de mãos atadas - Alice, é claro, odiava aquilo. Dependíamos inteiramente da decisão que os lobos tomassem no dia seguinte para colocar em curso nossos planos e ela, é claro, não podia ver que decisão seria essa.
Depois disso, pouco a pouco, fomos nos recolhendo aos nossos quartos. Eu podia ouvir Bella discutindo suavemente com Alice enquanto subia os degraus rumo ao terceiro andar.
Logo ela me seguia também.
- Havia alguma parte nos votos de casamento que autorizava Alice e brincar de Bella Barbie sempre que quisesse? - ela murmurou, parando às minhas costas enquanto eu girava a maçaneta.
Eu quase ri ao comentário dela, voltando-me devagar para então me deparar com a assombrosa visão de Bella num longo pijama de seda cor-de-rosa, cachos perfeitos caindo por sobre seus ombros.
- Eu acredito que não. Mas talvez você não tenha lido as letras pequenas do contrato. - eu observei.
Bella cruzou os braços, passando por mim para entrar no quarto.
- Alice me afirmou que no momento em que eu disse 'sim', eu estava concordando com infinitas noites nas mãos dela, coleções inteiras de vestidos e noites do pijama ocasionais.
- Noites do pijama. - repeti, encarando a mencionada peça, tentando não rir diante da indignação dela.
Ela revirou os olhos - era óbvio que eu não conseguira difundir completamente o humor da minha voz. Dirigindo-se até a cama, ela se sentou na beirada do colchão, abaixando a cabeça.
- Bella? - eu me ouvi chamando ao perceber a mudança na disposição dela.
Pude ouvi-la respirar fundo antes de levantar a cabeça, fixando os olhos sobre mim. Devagar, eu me aproximei, sentando-me ao seu lado, tomando a mão que ela abandonara sobre o colo.
- Obrigada. - ela murmurou baixinho, apertando meus dedos de leve - Por hoje. Por não ter... - ela gesticulou com a outra mão - Se deixado levar pela culpa que você volta e meia sente e por... por ter feito o meu dia... normal... ou o mais normal possível para um bando de vampiros.
Dessa vez ela sorriu, apoiando a cabeça contra meu ombro. Soltando sua mão, eu passei meu braço por suas costas, aconchegando-a um pouco mais contra mim, sentindo-me completo pela simples proximidade dela.
- Eu não fiz nada demais, Bella. Se quer agradecer alguém, você provavelmente deveria fazê-lo aos outros. Desde o começo, quando todo o... - eu me senti fazer uma careta - drama começou, eles estavam planejando nos fazer sentir... o mais tranqüilos e normais que podiam. Mesmo para um bando de vampiros. - completei.
- A calmaria no olho do furacão. - ela respondeu com um meio assentimento - E quando a tempestade vier...
Eu a estreitei um pouco mais contra mim.
- Quando a tempestade vier, nós a enfrentaremos de frente. Juntos.
Senti Bella assentir contra meu pescoço.
- Juntos.
Fim de Dusk
Eis o final de Dusk... Queria agradecer a Lulu/Mina/Silverghost por ter terminado esse arco. Semana que vem vou colocar a galeria de imagens (ilustrações) japonesas e coreanas de Twilight que encontrei e vou tentar me esforçar para voltar a escrever ND, mas ainda estou bloqueada nesta fic específica. :P Vocês não tem idéia do quanto é frustrante você querer escrever e não conseguir e a sensação de estar decepcionando vocês. Enfim, obrigada por tudo e se se animarem, passem no Expresso e em Amaterasu bjs, Katchiannya/Meri
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