Thursday, December 23, 2010

Olá a todos os leitores de New Dawn e Cia,
Alguns que também lêem o Expresso, Tsuru e Amaterasu já leram parte desse texto, mas existem partes específicas sobre New Dawn abaixo.
Bem, confesso a todos vocês que 2010 foi um ano muito difícil para mim em muitos aspectos. Perdi minha avó, a avó do meu namorado e meu sogro, que morreu faz duas semanas e de quem eu gostava muito. Tive duas doenças sérias no começo do ano (pneumonia e depois uma infecção nos rins). Tive amigos que sumiram nas areias do tempo...

Na verdade, acho que foi um ano complicado para muitas e muitas pessoas.

Não vou mentir que ando um pouco cansada de tudo... E que muitas e muitas vezes não consegui manter a periodicidade do Expresso e do Tsuru como eu deveria, e peço desculpas.

2010 não foi de todo ruim, é verdade. Também conheci pessoas maravilhosas e estou feliz com a minha faculdade como nunca estive antes – e quem disse que trabalhar com arte é vida boa, está enganando, nunca ralei tanto.

Queria agradecer a todos vocês que de um modo ou de outro me ajudaram mesmo sem saber. Especialmente gostaria de agradecer à Juju e a Regis, que foram meus ombros e colo virtuais neste ano. E também ao Amer, pelo carinho. Sem falar dos amigos "de perto", sem os quais seria difícil sorrir.

Em relação a New Dawn, infelizmente, as coisas acabaram se travando por completo. Era uma boa história e eu gostaria de ter escrito todo o desenrolar dela.
Mas as coisas – ou pessoas – foram se perdendo no meio do caminho. A Dé sumiu, a Lucilla resolveu mudar a vida dela por completo, e a Lulu sentiu que havia cumprido sua missão em New Dawn ao fechar o livro do Edward...
E no fim fiquei sozinha e não consegui juntar forças e inspiração para terminar New Dawn. Realmente peço desculpas.
Como não gosto de deixar histórias pela metade, especialmente em consideração a vocês que tanto comentaram, vibraram e acompanharam, decidi fazer um resumo/esquema do que teria sido o resto da história, com alguns trechos inéditos.
Não é o presente de Natal ideal, mas é o que eu posso dar a vocês.
Até mais e obrigado por tudo,
Carol/Katchiannya/Meri
ps- Estamos realizando um sorteio de brindes no Expresso Hogwarts/Tsuru/Amaterasu. Estão todos convidados a participar.
New Dawn – O que poderia ter sido
No final da segunda parte de New Dawn, deixamos nossos personagens em alguns impasses.
Os quileutes marcam um encontro com os Cullen...
Bella é levada para caçar...
Em paralelo, teríamos o retorno de Jacob em forma de lobo. Jake tem acesso aos pensamentos de Sam, que também estava transformado, e descobre sobre a conversa do líder do bando com Carlisle.
Naquela noite, Sam e Jake discutem. Leah também toma parte na discussão, pois discorda do que Sam fez, concordar em manter o pacto com os vampiros sem consultar o resto do bando.
Jake quer iniciar a guerra. Sam percebe que Leah apoiaria Jake, ainda que fosse só para ir contra ele. Quil e Embry também se sentiriam tentados a seguir Jacob - eles não conseguiriam assistir passivamente ao melhor amigo partir sozinho em uma missão suicida - e idem para Seth em relação à irmã. Assim, Sam proíbe o bando de fazer qualquer ofensa contra os Cullen.
Jacob rompe com Sam, simplesmente porque ele permitiu que Bella fosse transformada, porque está cansado de não poder simplesmente fazer as coisas por si só. E se daria a cisão entre os dois alpha, tal qual aconteceu também em Amanhecer.
Jake aproveita a deixa "do bando" e parte sozinho, às escondidas, com o intuito de atacar os Cullen, tal qual em Amanhecer (ou pelo menos atacar Edward, para matá-lo, se possível).
Quando chega à casa dos vampiros, ele é recepcionado por Carlisle; Jacob hesitaria em atacá-lo, uma vez que o médico já tratou dele. O patriarca dos Cullen o convidaria a entrar. Ainda desconfiado, Jake acaba aceitando... e dentro da casa ele se depara com Bella – vampira, sim, mas muito mais humana do que ele esperaria.
Bella estaria cheia de remorso pelo que fez, pela pessoa que matou, pelo que disse a Edward... Ela abraçaria Jacob e choraria em seu no peito. Ela ainda se lembra quem ele, Jacob, é. Ainda o vê como seu melhor amigo. Então Jake perceberia que, mesmo fria, dura como pedra e fedendo a vampiro, aquela ainda é a Bella que ele conheceu e por quem se apaixonou. Jake, então, desistiria de atacar os Cullen, embora ainda mantivesse certa mágoa de Edward.
No dia seguinte, ocorre a reunião entre os lobos e os vampiros.
Eles procuram os Cullen porque, enquanto patrulhavam, sentiram cheiro de vampiro no território deles, um cheiro que não reconhecem. Os lobos não fizeram uma acusação direta a Bella, só pediram expressamente que ela fosse à reunião, talvez apenas e unicamente para ver se ela estava viva. Ninguém garante a eles que Bella tenha sido a vampira que passara da linha do tratado, podia ser outro, um nômade... Edward não viu todos esses detalhes porque ficou possesso apenas com a menção do nome de Bella.
De início, a postura de Sam quanto aos Cullen e o pacto deve ser a mesma de Breaking Dawn: Isabella Swan escolheu ser uma vampira, os Cullen nunca mataram ninguém, eles não são uma ameaça.
Os lobos ainda não sabem sobre o incidente em Port Angeles; entretanto, Bella acaba deixando escapar o que realmente aconteceu, sobre como acabou por matar um homem. Nisso, o acordo com os quileutes foi inteiramente quebrado. Não apenas um vampiro entrou no território deles, como também houve morte.
Jacob, sentindo a inquietação dos companheiros, se transforma em lobo. Ele ouve os pensamentos do bando, que está decidindo matar Bella. Jake volta para os Cullen a fim de avisá-los e protegê-los. Seth e Leah se juntam a ele.
Seth, pela admiração que sente por Jacob, decide ficar ao lado dele. Leah, em parte pelo irmão, em parte por ela mesma estar cansada de se ver forçosamente ligada a Sam e, em parte, por se sentir próxima de Jacob desde que ele salvara sua vida durante a luta contra Victória. Com isso, mesmo que de forma quase inconsciente, os dois também acabam por romper com a antiga matilha.
Sam se vê em uma situação complexa, parecida com a do Príncipe em Romeu e Julieta, quando Romeu mata Teobaldo depois de Teobaldo ter matado Mercúcio... Sim, Bella atravessou o território deles e matou um humano, mas ela estava descontrolada e não é como se o homem morto fosse exatamente inocente.
Sam consegue, a muito custo, acalmar os ânimos, impedindo um confronto geral, e decide dar aos Cullen a oportunidade de contarem o que realmente aconteceu.
Uma vez ouvidas todas as peculiaridades do caso, Sam decide aplicar a pena do exílio – o acordo entre os lobos e os Cullen não é mais válido, e eles devem não apenas deixar Forks, como também jamais voltar, nem mesmo quando a atual geração de Quileutes tiver desaparecido.
Jacob ainda tenta contestar, mas Bella faz com que ele perceba que Sam está com a razão, que aquilo seria o melhor para todos.
Enquanto os Cullen se preparam para partir, Jacob decide, juntamente com Leah e Seth, montar uma espécie de guarda sobre os vampiros, em comum acordo com Sam. Parte da intenção é garantir que tanto os Cullen não saiam da linha quanto, do ponto de vista de Jacob, impedir que alguém da outra matilha tente contradizer Sam e agir por conta própria; apesar de difícil, a idéia não é impossível.
(1) Jacob e Leah - trecho 1 Jacob POV
Eu irei matá-la assim que a encontrar.
É dessa forma que ela demonstra lealdade? Eu só podia estar louco quando concordei em deixá-la ficar conosco. Que parte de "estado de emergência" Leah era incapaz de compreender?
Eu deveria tê-la chutado direto de volta para Sam quando ela apareceu com todo aquele papo de "quero entrar para o seu bando", nem que para isso tivesse que arrastá-la pelo rabo por todo caminho de volta à La Push.
Bem, uma coisa ao menos é certa: ela não deve estar em sua forma de loba no momento, do contrário já teria começado a gritar dentro da minha cabeça que se eu mencionasse qualquer coisa sobre o rabo dela mais uma vez, estaria assinando a minha sentença de morte.
"Sei não, acho que o efeito seria o mesmo se você também mencionasse que vai mandá-la de volta pro Sam."
"Seth, cale a boca."
"Ok, calando..."
Tive que correr mais uns 500 ou 600 metros floresta à dentro antes de conseguir pegar o rastro dela. Ótimo, já não era sem tempo. A trilha do cheiro avançava um pouco mais nos arbustos, até onde eu também conseguia sentir um cheiro de água.
Voltei a correr, agora já dava para ouvir também o som do rio. A partir daquele ponto o cheiro de Leah mudava, ela deveria ter voltado para a forma humana quando chegou à margem do rio.
Se eu não estivesse tão irritado no momento eu teria pensado melhor no que aquilo significava enquanto transmutava meu corpo e vestia os shorts que trazia amarrado à perna direita. Mas aí, no minuto seguinte, já era muito tarde. Eu já havia rompido os arbustos até a margem do rio, pronto para avançar direto na garganta de Leah, quando dei de cara com a imagem dela, nua, em pé sobre uma formação de rochas na base de uma pequena queda d'água.
Acho que é meio desnecessário de dizer que eu esqueci quase até do meu nome – quem dera o que eu iria falar com ela ou por que a estava procurando em primeiro lugar – quando vi aquilo.
Ok, não era a primeira vez que eu via Leah nua, fato. O bando inteiro já havia visto, na verdade. Era praticamente impossível daquilo não acontecer, considerando que ela havia levado um bom tempo até controlar a transformação e estava constantemente detonando as próprias roupas a cada vez que mudava. Alguém tinha que levar uma muda de roupas para ela quando ela mudasse de volta, e eu já tinha dado o azar de ser o escolhido para a tarefa umas duas ou três vezes.
Por essas e outras que essa história de ser lobisomem deveria ser coisa só para homens. Aquilo era embaraçoso demais.
Eu desviei meus olhos do corpo molhado e bronzeado dela para uma árvore coberta de musgo que crescia ali perto. Ok, a visão não era nem de longe tão interessante, mas ao menos não era constrangedora – e não me oferecia risco de vida.
- Ora, Jake, deixe de ser assim tão moleque. Não é como se você já não tivesse dado uma boa olhada antes.
Não deveria ser contra a natureza ou algo assim que eu estivesse sendo tímido enquanto Leah – a garota nua no rio – não estivesse nem ligando para o fato de estar como veio ao mundo na presença de um cara?
Ela era mesmo louca.
Bem, se ela não se importava, então eu também não deveria me importar.
Voltei meu olhar para Leah e ela me lançou um sorrisinho malicioso e presumido enquanto a água que despencava da cascata corria pelo seu corpo cheio de curvas.
Ela era louca e irritante, aquilo tudo era ponto pacífico, mas não dava para negar que Leah tinha um belo par de seios.
Eu poderia ter batido em mim mesmo por causa daquele pensamento idiota. Malditos hormônios.
- O que você está fazendo aí? – perguntei, ríspido, esperando que a minha irritação encobrisse a vergonha (e todo o resto) que ela estava me fazendo sentir.
Leah deu de ombros.
- Tomando um banho. Só porque sou um lobo da floresta não significa que tenha que cheirar como um. – ela então me lançou um olhar crítico – Você também poderia fazer bom uso de um banho, dá para sentir daqui o fedor dos sanguessugas em você.
Fiz uma careta. Ela estava certa – por mais que eu detestasse admitir aquele tipo de coisa no que dizia respeito à Leah. Só porque eu havia aprendido a apreciar a companhia de alguns mortos-vivos, a Barbie Malibu era exceção, é claro, aquilo não significava que eles haviam deixado de feder.
E já que aquele era o único rio em milhas de distância, nós teríamos que compartilhar.
Assim, ignorando o risinho de escárnio de Leah, eu tirei os meus shorts e mergulhei na água.
A temperatura estava de gelar os ossos, mas não era ruim. Eu já havia nadado em águas mais frias do que aquelas – quando, por exemplo, resgatei Bella de se afogar no mar de La Push daquela vez em que ela tentou se matar, na época que os Cullen foram embora, mas essa não era uma lembrança muito feliz.
O leito do rio era fundo o suficiente para se nadar e eu confesso que me diverti dando umas braçadas e mergulhos enquanto a sujeira de dias a fio correndo pela floresta desgrudava da minha pele.
Quando dei por mim, Leah havia deixado seu lugar junto à cachoeira e nadava na minha direção. Surpreso e incerto sobre o que fazer, eu acabei cometendo o erro de permanecer imóvel até ela parar à minha frente.
Leah deu um sorriso de canto e espirrou água no meu rosto com uma das mãos.
- Você sem dúvidas cresceu bastante, não é, moleque alpha? – sarcástica, como sempre.
Eu não sabia se ela estava tirando sarro do fato de eu estar nadando tão contente na água gelada, de eu ter crescido mais uns vinte centímetros no último verão ou da minha decisão imatura de ter abandonado meu bando para salvar uma garota – que nem era mais uma garota –, muito embora eu não me arrependesse de nada daquilo. Até a parte em que eu havia me tornado um gigante era legal. Ao menos agora eu era maior que Sam.
Eu sabia que deveria ser superior, como um líder o faria, e não me deixar abalar pela provocação dela. Mas é claro que eu sempre poderia contar com Leah para me fazer voltar a ter dez anos e viver na época em que as garotas não eram nada além de criaturas estranhas e irritantes e eu me divertia jogando lama nos cabelos delas. Ao menos era mais fácil do que essa merda toda de romance.
Bem, dois poderiam jogar aquele jogo, não era como se eu não soubesse do ponto fraco de Leah também – ela mesma era bem óbvia em sua amargura e não fazia questão alguma de esconder.
- Você é alguém para falar, não é, senhorita "eu abandonei o meu bando para fugir do ex que me chutou"?
É, eu havia achado o buraco e deveria me sentir satisfeito em fazer Leah sentir um pouquinho da dor e da frustração que eu sentia.
Então, por que é que eu estava me achando a última das criaturas ao ver o brilho dolorido no fundo dos olhos escuros dela?
Leah abaixou o rosto sempre impetuoso e passou reto por mim, nadando em silêncio até a margem. A postura frágil e derrotada dela me fez ter vontade de acertar minha cabeça contra uma daquelas rochas.
Maldito cavalheirismo.
- Leah, desculpe. – eu soltei antes que pudesse raciocinar. Depois eu me martirizaria à vontade pelo fato de estar pedindo desculpas a ela, se aquilo bastasse para fazê-la voltar a ser a convencida e irritante Leah de sempre, seria o suficiente.
Ela não me respondeu de imediato, primeiro tomou seu tempo saindo da água. Eu tentei ser educado e dar a ela um momento de privacidade, evitando olhar para o seu corpo enquanto ela se acomodava sobre a relva para que o sol fraco secasse a sua pele.
- Desculpar pelo que, Jake? Por dizer a verdade? – ela usava um tom monótono que eu reconhecia muito bem. Era o mesmo tom que eu usava comigo mesmo quando dizia que não havia machucado ver Bella se casando com outra pessoa. Que não havia machucado senti-la fria e indestrutível, branca como mármore, entre os meus braços, e saber que ela jamais voltaria a ser a Isabella Swan de antes.
Porque agora ela era Isabella Cullen.
- Você está certo. – continuou Leah – Eu fui embora porque queria me livrar de Sam, porque eu não agüentava estar dentro da cabeça dele o tempo todo e saber o quanto ele é feliz com a Emily. Eu traí o bando, traí minha tribo, abandonei minha mãe, tudo por um motivo bem egoísta: a minha liberdade. Mas isso não significa que eu tenha mentido quando disse que queria proteger o Seth. Ele pode ser um idiota, mais ainda é meu irmãozinho. Nós já perdemos o meu pai, e eu não sei se mamãe agüentaria o golpe de perder Seth também... – Leah acrescentou a última parte em um murmúrio, mas minha audição era suficientemente boa para ouvi-la como se ela tivesse falado em um microfone.
Ela fez um trabalho excepcional em deixar sem saber o que dizer. Eu nunca havia imaginado que Leah se importava tanto com a família dela... Ela era boa o suficiente em esconder esse tipo de pensamento quando se transformava em loba.
- Seth é durão, ele sabe se cuidar. Além do mais, ninguém deste bando vai se machucar, Leah. Você tem a minha palavra.
Eu me senti incrivelmente estranho naquele momento, parado e nu dentro do rio, usando palavras de conforto com a última pessoa da face da terra que eu pensei um dia ter que consolar e fazendo uma promessa que eu apenas rezava poder cumprir.
Eu nunca quis estar nessa posição, nunca quis ser o alpha.
Mas acho que toda essa incerteza e angústia valeram à pena quando os lábios de Leah se curvaram em um sorriso. Não de sarcasmo, não de escárnio, apenas um sorriso...
Eu não me lembrava de tê-la visto dando um desses desde a época em que ela ainda estava com Sam.
Ela não me agradeceu. Sequer disse que eu estava certo e que ela acreditava que daria tudo certo ou qualquer coisa do tipo. Mas eu podia sentir a confiança que Leah depositava em mim enquanto corríamos juntos de volta à casa dos Cullen.
Ela era do meu bando agora. Por escolha própria ou não, eu era o líder e tinha um compromisso para com a segurança e a felicidade dela e de Seth. E eu teria que arcar com esse encargo, fosse qual fosse o preço.
(2) Jacob e Leah - trecho 2 Jacob POV
"Eu assumo daqui, Jacob. Vá dormir."
Eu ouvi Leah dentro da minha cabeça antes que meus olhos cansados vissem os tufos de seu pêlo cinzento por entre as árvores e eu ouvisse o barulho de suas patas leves atritando contra o chão enquanto ela corria para me alcançar.
"Eu estou bem, posso correr por mais uns quilômetros."
"Haha. Mentiroso."
Soltei um rosnado baixo, de advertência, o qual ela ignorou solenemente.
Não sei se eu é quem estava muito cansado para correr ou se Leah é que era incrivelmente rápida – provavelmente as duas coisas –, mas no segundo seguinte ele já havia emparelhando comigo.
Ela tomou impulso e saltou, conseguindo passar à minha frente e bloqueando a minha passagem, e eu me vi obrigado a parar.
"Já é hora de crianças estarem na cama, Jacob Black. Como é que eu vou me explicar para o velho Billy se não cuidar do caçulinha dele direito? Além do mais você não é nada útil patrulhando os arredores quando mal consegue sair do lugar."
Desta vez eu não fiz questão alguma de ser discreto e soltei um grunhido alto, arreganhando os meus dentes para ela. Leah estava se esquecendo de seu lugar dentro daquele bando. Só porque eu resolvera que não seria um ditador como Sam, isso não significava que eu admitiria que ela me desrespeitasse.
Mas ela não se deixava intimidar, é claro. Acho que seria otimismo demais de minha parte esperar que Leah tivesse um pingo de bom senso. Eu podia apostar, pelo modo como ela me encarava agora, que Leah certamente estaria revirando os olhos para mim se fosse humana naquele momento.
Bem, se eu estivesse na forma humana, estaria mostrando meu dedo do meio para ela bem agora.
Leah rosnou em resposta ao que eu estava pensando. Ok, era isso, ela estava requisitando expressamente que eu desse uma de alpha e lhe passasse um corretivo.
"Você quer ser tratado como um líder, Jacob? Então aja como um!"
Ela avançou contra mim de um salto, fechando a pequena distância que nos separava naquela clareira, e arrebitou seu focinho cinzento de modo a se aproximar do meu. Seus olhos negros como piche e intensos como o mar revolto das praias de La Push estavam presos nos meus. Era incrível como ela conseguia fazer com que seus olhos tivessem uma expressão tão humana mesmo quando era uma criatura mais dominada por instintos animais do que qualquer outra coisa.
Aquilo meio que... Me fascinava às vezes.
Leah pareceu não gostar do rumo que os meus pensamentos estavam tomando, pois em seguida investiu sua cabeça contra o meu ombro, acertando o golpe em cheio. A dor da minha clavícula sendo atingida foi o suficiente para me fazer retornar ao ponto da conversa – e à minha prévia irritação.
"Pirou de vez, Leah?!"
"Não, VOCÊ é que pirou! Quase dois dias sem dormir e mal se alimentando? Você já se tocou do mau exemplo que está dando para o Seth? Ele é só um garoto bobo que vai fazer tudo o que o alpha fizer e, para o nosso azar, o alpha é um aborrescente que parece ter esquecido o cérebro em casa quando fugiu!"
Aquilo fez com que a minha raiva se dissolvesse. Eu não sabia que Seth não estava comendo direito... Ele sempre parecia bem disposto em seus pensamentos, ansioso para que eu lhe desse uma tarefa, para ajudar de alguma forma...
"É, Jake, acontece que você perde muita coisa enquanto está correndo que nem um desvairado pela floresta."
E, de repente, eu já não estava mais na clareira, conversando com Leah. Eu estava dentro da mente dela, revivendo tudo o que ela havia visto nos últimos dias. Todo o esforço de Seth, a teimosia em continuar com as rondas, apesar da fome e do cansaço, a recusa em parar sequer para comer a caça que a irmã trazia...
"Chega!"
Daquela vez Leah me obedeceu e recuou com as suas lembranças, parecendo achar que eu já tinha visto o suficiente. Eu estava ofegante como se tivesse corrido toda a extensão do país em apenas um dia. As memórias de Leah me deixaram com medo.
Eu havia abandonado Sam porque pensava que ele estava se tornando um tirano que só enxergava o próprio umbigo e estava pouco se lixando para o que o resto do bando queria ou pensava, abusando da sua voz de comando de alpha para nos subjugar a fazer tudo o que ele queria. Será que eu agora, sem perceber, estava seguindo exatamente os passos dele? Será que eu estava ficando cego para as necessidades do meu bando conforme me obcecava pelos meus próprios objetivos?
Na minha ânsia por proteger Bella eu acabara esquecendo do compromisso que tinha em zelar por Seth e Leah.
Aquilo não estava certo. Eu amava Bella, tinha empenhado minha palavra para ela e Carlisle de que os ajudaria, mas... Assim como Bella agora havia encontrado a sua família entre os Cullen, eu também tinha a minha própria família. E isso deveria vir sempre em primeiro lugar – não importava quem ou o que estivesse do outro lado da balança.
Abaixei minha cabeça. Eu estava envergonhado e odiando a mim mesmo, odiando essa minha impulsividade idiota que sempre me levava a fazer merda.
Eu esperei pela chacota de Leah a qualquer momento, mas nada veio. Ela estava completamente silenciosa, até mesmo sua mente estava vazia. Curioso, arrisquei um olhar para ela: Leah me encarava, serena e inabalável de seu ponto de observação. Foi naquele momento em que eu percebi como ela parecia ser diferente de mim e de Seth, de Quil, Embry e Paul... A postura e o olhar dela me faziam lembrar mais de Sam e de Jared – os adultos do nosso antigo bando.
Leah, ao contrário de mim, era uma adulta. Se não era uma antes, então passara a ser nos últimos tempos, desde que entrara para este bando e assumira uma postura mais protetora e maternal em relação a Seth.
Talvez ficar longe de Sam estivesse mesmo fazendo bem à ela. Talvez ela conseguisse estar deixando toda aquela história amarga de rejeição para trás, enterrada com os últimos resquícios da sua adolescência.
Será que eu conseguiria fazer o mesmo se me afastasse de Bella de uma vez por todas?
Não. Não era hora de estar pensando naquilo. Sacudi minha cabeça para tentar espantar aquelas questões para longe. Eu tinha que agir como um líder e líderes não poderiam se dar ao luxo de mergulhar em incertezas, do contrário desmoronariam – e levariam junto aqueles que o seguiam.
Eu encarei o negrume incerto dos olhos de Leah uma última vez antes de lhe dar as costas. A minha decisão estava feita.
"Vamos encontrar com Seth. Ninguém deste bando vai patrulhar mais nada por esta noite."
Comecei a correr sem esperar pela resposta dela, mas ela me seguiu de imediato, correndo, propositalmente, um pouco mais atrás de mim, pelo meu flanco direito – como quem quisesse me conceder a liderança.
E foi quando nossos pensamentos convergiram e eu soube – como se no fundo sempre tivesse sabido – que era ela.
Leah era a minha beta.
(3) Jacob e Leah - trecho 3 Leah POV
Joguei meu corpo para trás, de modo completamente displicente e quase casual, sentindo o cheiro da grama, que eu tanto gostava, penetrar pelas minhas narinas, o barulho da fogueira crepitava ao fundo no acampamento que montamos perto da casa dos sanguessugas. No céu claro, a lua cheia se destacava no meio de mar de estrelas. Eu podia me esquecer do mundo e me deixar perder naquele céu. Fazia a vida parecer quase perfeita. Quase.
Apesar de ter deixado minha mãe para trás, apesar de estarmos vivendo em um estado constante de alerta , eu relutantemente tinha que admitir que estava começando a gostar dessa vida.
Sem pensar em Sam, sem pensar em Emily, sem ter que escutar a voz de garotos irritantemente imaturos na minha cabeça discutindo coisas como quem tinha a cauda maior ou esse tipo de merda que garotos gostam de comparar. Meninos são meninos mesmo quando viram lobos. Fiz uma careta ao constatar isso.
O som de passos fez com que eu virasse meu rosto para a barraca mais próxima. O moleque alfa saia de lá, segurando os cabelos para prendê-los em um rabo de cavalo.
Meu irmãozinho estava de vigia naquela noite, o que me fez pensar que talvez eu devesse dormir na forma de loba por precaução caso ele tivesse algum problema, ou, deixar de ser "um pé no saco" como Seth adorava enfatizar e aceitar que ele sabia tomar conta de si mesmo.
-Talvez eu devesse cortar meu cabelo – Jacob falou, fazendo com que minha atenção voltasse novamente para ele. – Seria mais prático.
Girei meu corpo, ficando de bruços, apoiando minha cabeça em uma das mãos, encarando nosso líder.
-Eu gosto do seu cabelo mais cumprido – falei aquilo sem nem ao menos refletir. Apenas pareceu, sei lá, natural. – Sinto falta do meu assim.
Jake sorriu de lado, fazendo com que eu quase sorrisse também. Era estranho o modo como estávamos ficando confortáveis na presença um do outro. Mais estranho ainda era começar a perceber que o moleque alfa acabou se tornando um homem bonito. Ele realmente ficava bem de cabelos longos.
-Você deveria deixar o seu cabelo crescer de novo – ele falou, chamando novamente a minha atenção.
Não sei por que, mas, de repente, a imagem do Jacob-lobo, uma massa de pêlo ambulante e bagunçado correndo pelas florestas, cruzou pela minha mente e me fez rir.
-A gente podia convencer o Seth a deixar o cabelo dele crescer também – eu falei, com o tom irônico de sempre, mas menos ácido que de costume – Seríamos o Bando dos Lobos Felpudos, três tapetes ambulantes, que acha? Seria o modo ideal de nos diferenciarmos do bando de Sam.
Jacob não respondeu, apenas olhou para mim como seu eu fosse louca. Não o costumeiro "Leah-é-uma-maluca-perigosa-e-amargurada-fujam-dela" que muitos já lançaram para mim, mas um olhar de quem estava se divertindo com as coisas absurdas que eu estava falando.
-É uma idéia a se pensar – ele finalmente falou – Vou fazer nosso jantar.
Enquanto Jacob se dirigia para a fogueira, eu girei o corpo novamente, voltando a fitar o céu estrelado. Realmente, apesar dos pesares, aquela não era uma vida tão ruim afinal.
Nesse meio tempo Jacob descobre que, apesar de amar Bella, está começando a se apaixonar por Leah. Descobre o quanto os dois têm em comum. Leah, por sua vez, percebe que já estava gostando de Jacob desde que ele salvou sua vida.
Bella conversa novamente com Jacob e pede a ele um favor: descobrir como está a menina que ela salvou em Port Angeles.
O que ainda não foi definido: Como Bella/Jacob
saberiam exatamente quem era a garota?
Jacob vai para Port Angeles atrás da jovem, Nathalie, deixando Leah e Seth por conta dos Cullen.
Quando Jacob encontra Nathalie, ocorre a impressão.
Qual era a nossa intenção? Bem, nenhuma de nós realmente gosta da idéia da Impressão/Imprint. Da forma como Meyer a coloca, nos parece algo bastante instintivo e animal, algo além até mesmo da moral e da consciência dos lobos. O melhor exemplo é o Sam com a Emily. Ele amava Leah e, quando se deu a impressão, ele a largou, aparentemente sem nem refletir sobre quão errada aquela atitude poderia ser.
A idéia era Jacob superar os instintos da Impressão e perceber que, antes de ser um lobo, ele também é um homem; apesar da fera fazer parte dele, eram sua alma, seus sentimentos e sua vontade que deveriam prevalecer sobre a animalidade. O amor por Leah acabaria se revelando mais forte que a impressão em Nathalie.
Isso seria explorado em uma história em paralelo, chamada Full Moon.
Voltando aos Cullen. Por que eles simplesmente não vão embora com Bella depois da sentença de exílio?
Porque quando estão se preparando para ir, resolvendo tudo o que era necessário – após pedirem um prazo aos lobos, já que seria estranho demais eles simplesmente sumirem pouco antes da "morte" de Bella e Edward –, chega uma pequena armada de Volterra, com Jane e Demetri à frente.
Carlisle havia mandado uma carta para seus velhos amigos logo depois que Bella foi mordida, inclusive para confirmar para Aro que o que Alice lhe mostrara em Lua Nova havia de fato acontecido. Inclusive, no momento em que escrevia, sua nora estava exatamente passando pela transformação.
O ponto é que a armada dos Volturi aparecera cerca de menos de um mês após a transformação de Bella, cedo demais para se esperar que ela estivesse sã. Os Volturi, na verdade, esperavam encontrar uma neófita descontrolada, a fim de terem alguma desculpa para desbaratar os Cullen.
Eles surgiriam com a desculpa de entregar um presente de casamento atrasado, cumprimentar a nova adição à família Cullen, dar "as boas vindas oficias" a Bella ao mundo deles, coisas assim, quando, na verdade, sua vinda teria como objetivo procurar alguma desculpa que os Volturi precisariam para atacar os Cullen. Nem que fosse necessário fabricar essa desculpa.
O motivo pelo qual Alice não consegue prever Marcus, Caius e Aro decidindo enviar Demetri e Jane a Forks é porque a presença de Jake e os demais lobos embaralhava suas visões, deixando-a constantemente com dor de cabeça. Por isso Alice só conseguiria perceber Demetri e Jane quando fosse tarde demais, e eles já estivessem praticamente batendo à porta.
Jacob, Seth e Leah estariam patrulhando nos arredores quando chegam Demetri e Jane. Edward diz, em pensamento, para os lobos se afastarem; eram apenas dois vampiros. Os Cullen poderiam dar conta de Jane e Demetri se houvesse um ataque, e a visão de Alice dizia que eles estavam ali, por ora, apenas para observar. Mas Jake não dá ouvidos a Edward e ruma para a casa dos Cullen mesmo assim, com os outros dois lobos dando cobertura.
Lá chegando, estão Demetri e Jane; os lobos assumem uma posição ofensiva, mas não atacam a pedido de Bella e Carlisle. Demetri e Jane então chegam à conclusão de que os Cullen "mandam" nos lobisomens, e aquilo era perigoso demais; eles tinham achado a desculpa que procuravam.
Edward lê os pensamentos deles na hora, e sabe o que estão tramando; porém, eles não poderiam atacar Jane e Demetri ali, sem alguma razão aparente, pois, do contrário, dariam motivos muito mais concretos aos Volturi para atacá-los.
Algo que Breaking Dawn deixou bem transparente é que os Volturi temem o poderio dos Cullen. Aro inveja Carlisle pelo grupo superdotado que ele reuniu, mas, além disso, em nossa versão Aro acredita, em sua paranóia, que Carlisle estaria querendo tomar o poder dos Volturi, criando seu próprio exército ao longo dos anos para dar o golpe.
O clã de Carlisle já contava sete vampiros, agora oito com Bella, e três membros possuíam dons. Convenhamos: Alice, Edward e Jasper seriam maravilhosos para fins bélicos, e agora estavam reunindo lobisomens... Os Volturi poderiam encarar essas circunstâncias praticamente como uma declaração de guerra; junte-se a isso o ódio de Caius por lobisomens, e está feita a trama.
Demetri e Jane avisam aos Cullen que estão acompanhados de alguns outros vampiros, que estão a certa distância deles e poderiam ser facilmente convocados, caso a situação fugisse ao controle. E, diante de tudo aquilo, Aro os estava convocando a “visitar” os Volturi; assim, os guardas que vieram com Demetri e Jane levariam os Cullen para Volterra. Temendo um banho de sangue com os lobos, eles iriam. (Talvez alguns dos lobos – o grupo de Jake – fossem também). Carlisle acreditaria que eles podem resolver tudo pacificamente, se conversarem com os Volturi.
Na realidade, Carlisle não é tão ingênuo quanto a princípio parece. Ele possui um trunfo contra Aro escondido na manga. No tempo em que conviveu com os Volturi, descobriu a verdade sobre a morte de Didyme, irmã de Aro e esposa de Marcus. Ele não disse nada na época porque era algo perigoso demais para se lidar; mas, agora, as coisas eram diferentes: Carlisle não estava sozinho, e estavam ameaçando sua família.
Para quem não conhece a história de Marcus e Didyme: http://twilightsaga.wikia.com/wiki/Didyme
Aí sim, na presença de Marcos, Carlisle poderia usar seu trunfo contra Aro, porque este não poderia matar Carlisle à revelia, na frente de todos, antes que ele tivesse tempo de revelar o que sabe.
Do nosso ponto de vista, como o receio de Aro recai principalmente sobre Carlisle, a lógica é que ele seja o alvo e, ao mesmo tempo, como líder dos Cullen, aquele responsável por resolver a situação.
Talvez pudesse haver algumas brigas em Volterra antes de Carlisle efetivamente usar seu trunfo, embora fosse mais lógico que Aro e Carlisle tentassem negociar antes de um embate frontal. Carlisle faria Aro ler sua mente, o que seria compartilhado por Edward.
Como Aro desde sempre foi um estrategista, ele pesaria os prós e os contras, levando em consideração não apenas a presença dos Cullen, mas principalmente a reação de Marcus.
A decisão final do líder dos Volturi, então, seria deixar os Cullen irem embora.
Bella teria poderes? Meyer sempre deixou subentendido que Bella realmente tem algo de especial; portanto, pela lógica, ela teria, sim, algum poder.
Uma de nossas possibilidades era fazer uma versão menos overpower dos poderes que Bella demonstra em Breaking Dawn. Na realidade, seu escudo seria algo mais próximo da idéia de telecinese que Jean Grey originalmente usava nos X-Men.
A outra possibilidade seria Bella ter poderes semelhantes aos de Didyme, a referida aura de amor.
Edward poderia ler a mente de Bella depois que ela descobrisse seus poderes? Não, absolutamente não. Apesar de adorarmos Bella e Edward, uma das coisas que sempre nos incomodou na relação dos dois foi o nível altíssimo de co-dependência existente entre eles. Eles são como dois drogaditos em relação um ao outro. Por isso é interessante, para nós, manter suas consciências separadas, e não mesclá-los também no nível dos pensamentos.
Assim, eles terão que aprender a lidar com essa limitação e se descobrirem como seres complementares, e não amalgamados, crescendo como um casal e criando laços cada vez mais profundos de cumplicidade.
Happy Ever After? Depois de resolverem o conflito com os Volturi, os Cullen voltariam a Forks para finalizar o processo de mudança, conforme acertado com os lobos.
Como já mostrado na reunião de família, Bella e Edward simulariam sua morte.
Depois de muito discutirmos e ponderarmos entre nós, definimos que esse seria o melhor a fazer em relação a Bella e os pais; afinal de contas, ela escolheu Edward, escolheu tornar-se vampira e deixar sua vida humana para trás. Somos partidárias do princípio da troca equivalente: se Bella quer uma eternidade com o amor de sua vida, então precisa sacrificar alguma coisa (nesse caso, sua humanidade, sua família e seus amigos).
Eles dariam a Charlie e Renée a lembrança feliz de sua filha se casando, e em seguida “matariam” o jovem casal feliz em uma fatalidade.
Os Cullen, então, forjam a morte de Bella e Eddie: um acidente na viagem de volta da lua-de-mel. Se eles não estivessem num avião de carreira, mas num alugado, o avião "explodiria" no ar. Dramático, mas efetivo. Não seria o primeiro bimotor a explodir em pleno ar. Motivos são vários: uma turbina pegou fogo, vazamento de combustível... Poderiam ainda dizer que era Edward pilotando, que ele tinha brevê. Ou, então, mata-se um piloto imaginário junto com o casal – o que é mais lógico, já que, tecnicamente, Edward tem dezoito anos.
Não haveria corpos, nem enterro; assim, as coisas seriam mais fáceis de fazer passar. Os Cullen se mostrariam terrivelmente chocados e se mudariam de Forks porque não conseguem conviver com as memórias.
Apesar da dor pela perda da filha, Renée e Charlie teriam os seus “finais felizes”. Renée com a nova filha e o marido, e Charlie, como em Amanhecer, com Sue Clearwater.
Os Cullen se mudariam para a Inglaterra, terra natal de Carlisle. Qual lugar melhor para um vampiro que um país onde chove constantemente e que é conhecido por sua densa neblina?
Além disso, seria um presente para Bella morar ali. Como Edward percebera na lua de mel, a esposa é fascinada por literatura inglesa, especialmente Jane Austen.
Em algum ponto da imortalidade de Bella, ela faria faculdade e se interessaria por Literatura Inglesa, enquanto Edward, para acompanhá-la, voltaria a estudar – mas, desta vez, Música.
Assim, a cena final de nossa história seria os dois no casarão comprado pelos Cullen, praticamente uma réplica de Pemberley, a propriedade de Fitzwilliam Darcy em Orgulho e Preconceito. Edward ao piano, Bella escrevendo.
Estão todos em paz, pelo menos naquele momento. E mesmo que, no decorrer da eternidade, algo os ameaçasse – como os Volturi, por exemplo –, eles conseguiriam enfrentar sem medo, pois estariam juntos. Sempre.